Os meus Pais (professor universitário ele; mestrado pela universidade aberta inglesa ela);
Os meus filhos (21, 16, 11 e 10 e agora 2 anos) na óptica da empresa Future Kids e na sua própria óptica.
São casos de sucesso, diferentes do que pude ler neste debate, mas que também contam a meu ver na evolução da e-Formação.
A geração dos meus Pais, sobretudo a minha Mãe, na condição em que chegou a Portugal nos anos 50 (Era proibido amamentar; tinha-se de ter ume empregada vinha do norte de 13 anos residente em casa; Minha Mãe não podia passear comigo em Alcântara; As mulheres só vestiam de preto - coisas assim...), que teve de lutar para se emancipar e conseguiu via a universidade aberta e aos 60 anos realizar o que aqui em Portugal (já chegados os anos 90) não podia por causa da língua e outros preconceitos. A universidade aberta, por via do correio electrónico e uso dos seus sites, apoiados pela documentação em suporte de papel, abriu-lhe o mundo e harmonizou a sua relação com a sociedade em que vive. Hoje é contadora de histórias da Câmara Municipal de Oeiras. Outra história interessante em si.
Mas o que me toca mais e daí ser um caso de sucesso (mais empresarial do que formativa quiçá) é o do Future Kids.
Sendo que os meus filhos cresceram nas mudanças - desde a bela máquina de escrever que ainda tenho, passando pela automática com fita, derrapando no meu velho LC da Mackintosh que um dia valerá também o seu dinheiro, os primeiros Pentiums (exigência do mercado de trabalho a que fui obrigado, pois sempre fui Mack-fanático) até este portátil que o mais novo chegou graça de entornar leite sobre ele - E SEMPRE, mas sempre todos eles absorveram a tecnologia como se já no seu código genético estivesse escrito como usar as teclas, o rato, ligar e desligar. Há uma naturalidade neles espantosa.
Se por um lado, a Future Kids soube agarrar esse mercado ( e em Lisboa, alguns dos meus filhos nela andaram e pude verificar isso), , por outro estamos na nossa relação de adultos com a e-Learning um pouco como eu estive quando em Coimbra visionei o filme "Alien" pela primeira vez: Naquele momento em que o actor vê o esqueleto do extraterrestre sentado e espreita para dentro dele... E ZÁZ!... Lá se vai o nosso sossego para o resto do filme.
Há medida que se vão renovando as gerações cada vez mais a "luva" que agora chamamos de e-Learning se tornará um quotidiano intrínseco e natural dessa gentinha que são o Gonçalo (10), o William (11) e o Carlos (2).
Daí ter já falado (no fórum e-Learning e Gestão de Conhceimento) do tal "gap" - Fosso terrivel que já nos coloca na nossa democracia mansa nos tempos indos dos Romanos e dos Gregos, sobretudo estes: Cidadãos da República e os outros...
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